Cirurgias Especializadas

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Um serviço cirúrgico de excelência só pode ser obtido pela soma de esforços de equipes de cirurgia e anestesia, bem como equipes de internação com alta performance e expertise, equipamento instalado que disponibilize tecnologia médica, e instalações que priorizem a biossegurança dos procedimentos. O Hospital Veterinário Santa Inês investe constantemente na manutenção destes pilares, o que permite oferecer serviço cirúrgico veterinário de alta performance para receber casos de alta complexidade e filosofia baseada na entrega de resultados terapêuticos.

Acreditamos que apenas uma equipe multidisciplinar atualizada tecnicamente e altamente integrada, com equipamentos tecnológicos à sua disposição, consegue entregar os melhores resultados possíveis na condução de casos cirúrgicos de alta complexidade.

Tal performance é obtida a partir do reconhecimento claro das demandas diagnósticas, para que, a partir desse diagnóstico, se possa chegar à determinação da estratégia cirúrgica mais adequada para cada paciente. Contamos com uma internação robusta que garante a recuperação pós operatória de casos dos mais simples aos mais complexos

Nossas equipes de cirurgia, coordenadas pelos cirurgiões Danilo Marques e Karen Assunção, estão preparadas para a realização de protocolos cirúrgicos precisos de grande complexidade nas áreas de cirurgia geral, ortopedia e neurocirurgia, buscando sempre propostas de tratamento atuais e adequadas às expectativas do cliente.

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NORMAS E INFORMAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DE CIRURGIAS:

  • O animal deve estar em jejum de no mínimo 8 horas
  • Cirurgias eletivas (sem risco imediato) são agendadas com hora marcada
  • Em casos encaminhados por outros veterinários, o animal deve passar por consulta com um dos nossos clínicos de plantão
  • Em alguns casos serão exigidos exames pré-cirúrgicos
  • O valor a ser cobrado é tabelado e depende do peso do animal, complexidade e tempo utilizado no procedimento
  • Não será permitida a presença de outras pessoas ou familiares dentro do centro cirúrgico durante o procedimento
  • As visitas nesse período são limitadas e seguem as regras de horário dos animais internados

TPLO (Tibial Plateau  Leveling Osteotomy) na correção da Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial

Introdução:

A ruptura do ligamento cruzado cranial é ocorrência frequente em cães, por vezes associada à obesidade, por vezes associada a doenças endocrinológicas de base, que causam atrofia muscular e degeneração tendíneo ligamentar, mas com diagóstico aparentemente crescente, antes francamente associada apenas a cães de grande porte.

A técnica padrão, por décadas aplicada como opção para estas correções na veterinária, sempre foi a estabilização extra capsular, em que retalhos de fáscia tendínea ou fio sintético são aplicados como linha de tensão lateral à articulação e externa a esta, percorrendo trajeto compatível com a direção do ligamento original, entretanto, a experiência de inúmeros autores e de nossa prática rotineira tem demonstrado que o índice de falha destas técnicas é bastante elevado, seja por sua pobre efetividade mecânica, especialmente em cães com grande inclinação do platô tibial, seja pelo risco de ruptura ou rejeição dos implantes extracapsulares.

A técnica denominada TPLO, sigla que designa Tibial Plateau Leveling Osteotomy mostra-se uma das mais eficientes na correção da mecânica articular do joelho e seus resultados clínicos são animadores a ponto de colocá-la no patamar de uma das principais escolhas na resolução desta condição.

Vale lembrar que a continuidade do lesionamento de menisco, a grande consequência da falha ligamentar, é extremamente debilitante no que tange à função ortopédica, e leva a severa artrose degenerativa no médio e longo prazo, o que faz com que esta lesão ortopédica tenha indicação estritamente cirúrgica para sua resolução definitiva.

O caso em questão mostra a técnica aplicada a um cão sem raça definida cuja instabilidade articular por ruptura do ligamento cruzado cranial era severa e claramente debilitante, caso para o qual se decidiu a aplicação desta técnica operatória.

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Fig. 1: O paciente, preparado sob anestesia geral associada à anestesia peridural, é posicionado de modo a permitir o acesso tibial medial.

 

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Fig. 2: O RX para programação pré-operatória exige posicionamento específico e detalhado, para que todos os cálculos de execução da osteotomia corretiva possam ser aplicados com exatidão.

A radiografia digitalizada e a eventual sedação do paciente são fatores importantes para a qualidade da programação cirúrgica.

 

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Fig. 3: A compreensão desta técnica cirúrgica passa pelo entendimento do mecanismo de carga vetorial que incide  sobre o joelho. A figura mostra como o platô tibial retro inclinado gera forças de carga que facilitam o deslocamento caudal do fêmur, sobrecarregando o ligamento cruzado cranial.

 

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Fig. 4: Após a ruptura, o constante deslocamento caudal do fêmur sobre o platô tibial perpetua a lesão de menisco, o que gera rápida instalação de artrose, processo degenerativo articular irreversível, e cuja escala é diretamente proporcional ao déficit ortopédico.

 

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Fig.5: Com a exposição adequada da face medial da tíbia, o acesso cirúrgico busca a zona de osteotomia previamente definida na programação radiográfica.

A precisão dos passos cirúrgicos, minimizando trauma, são essenciais no sucesso da cirurgia.

 

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Fig. 6: Aplicada a osteotomia circular, cujo objetivo é girar o platô da tíbia sobre o eixo do círculo de serragem, busca-se um ângulo ideal de 5 graus. No caso em questão, partiu-se de 25 graus de inclinação do platô tibial, corrigindo-se portanto 20 graus.

 

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Fig. 7: Um implante especificamente desenhado para a execução desta técnica e baseado em placa e parafusos bloqueados, permite a fixação segura da osteotomia.

 

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Fig.8: O RX mostra o resultado final da cirurgia.

A resposta clínica tende a ser muito satisfatória, embora exija cuidados na condução do pós-operatório devido ao fato de que a consolidação óssea na zona de osteotomia dura em média 90 dias.

 

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Correção de desvio vascular porto sistêmico, do tipo porto caval, corrigido por instalação de anel ameróide

Nesta galeria apresentamos um caso clássico de desvio vascular porto sistêmico em um filhote da raça Pug.

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Como é característico em cerca de 80% dos casos dos desvios porto sistêmicos nas raças pequenas, o diagnóstico foi confirmado como tratando-se de um desvio extra hepático, partindo do trajeto pré-hepático da veia porta e inserindo-se na veia cava também em seu segmento pré-hepático. Tal configuração comumente diagnosticada nas raças toy conflui para a maioria dos casos bem sucedidos de correção cirúrgica.

A galeria de fotos demonstra imagens claras da localização ultrassonográfica do vaso anômalo, identificação esta crucial no planejamento e execução de cirurgias bem sucedidas. A despeito disto, cuidados minuciosos devem ser tomados no estabelecimento do perfil metabólico e hematológico destes pacientes para que medidas satélite ao ato cirúrgico possam se somar à técnica cirúrgica precisa na busca de resultados positivos.

Particularmente neste caso, exames pré-operatórios mostraram no coagulograma tempos de resposta de coagulação bastante atrasados, disfunção muito frequente nos pacientes que apresentam relativa insuficiência hepática, situação que torna imprescindível o uso de suporte terapêutico de hemoderivados no pré, trans e pós-operatórios.

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A técnica operatória baseada na instalação de anel ameróide permite a obtenção de obliteração gradual do vaso anômalo, reduzindo drasticamente o risco de hipertensão portal.

Os pacientes tratados por tal protocolo tem apresentado em nossa experiência francas possibilidades de serem conduzidos a uma vida normal após o período de alguns meses de pós-operatório.

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ESSE SERVIÇO ESTÁ DISPONÍVEL NAS UNIDADES:
Hospital Veterinário Santa Inês | telefone: 2265-6911
Centro Veterinário Jardim São Paulo | telefone: 2985-8606